Espalhai por aí

Encontrar receitas  de peixe que fujam aos clichés é um problema constante. Gosto de entremear prato de carne com prato de peixe, mas ao fim de algum tempo já não há ideias novas. Entre as esquisitices dos comensais, as limitações orçamentais e a necessidade de fazer pratos que durem mais do que uma refeição é um sério dilema. Por isso, quando vi esta receita no blog da Elvira fiquei imediatamente com a pulga atrás da orelha. Ainda por cima com salmão,  o meu peixe favorito. A pescada é que não é por aí além amada cá em casa e foi rapidamente descartada. Quando vi a massa pronta desisti da forma tipo hamburguer que a Elvira deu aos dela e decidi-me por bolinhas e fazerem lembrar pastéis de bacalhau. Ou bolas de futebol. Alguma coisa assim. O que interessa é que rolaram, à falta de encosta, pela boca abaixo, direitinhas ao estômago.  Eu servi-as com arroz branco e o mais que tudo sugeriu – brilhantemente – acompanhá-las com pesto.

Espalhai por aí

Recebi de prenda o livro The Chocolate and Coffee Bible. Mal o trouxe para casa, passei um bom bocado a percorrê-lo de capa a contracapa e a seleccionar as receitas a experimentar. Agora está cheio de post-its cor-de-rosa a saltar pelos lados. O digníssimo escolhido para primeira receita foi um White Chocolate Cappuccino Gateau que é como quem diz um Bolo de Chocolate Branco e Café. Acompanhado com geleia de cereja ficou uma verdadeira tentação.

Espalhai por aí

Porque na cozinha nem tudo – aliás, quase nada – se quer óbvio sob pena de aborrecimento até um velho e muito batido clássico se quer encapotado e coberto de modo a parecer ser algo mais do que é na realidade. Neste caso, a realidade está próxima do aspecto: deliciosa.

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Porque os hamburguers nem sempre são junk food e podem até ser muito boa comida. Os meus, pelo menos, tenho a certeza que são.

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Ditam a tradição e o hábito que no almoço de Domingo se faz um assado, normalmente o único da semana. Como não costumo estar em Lisboa ao Domingo (e quando estou dificilmente me levantaria de manhã para me ir meter na cozinha)esse não é um hábito muito acarinhado cá em casa. Mas não se pense por isso que não aparecem assados à mesa com frequência que aparecem. Ontem tinha ido ao talho e visto lombinho a bom preço. Não pensei duas vezes, saiu um belo lombinho assado com molho de mostarda e mel. Já foi tudo, ficou a foto para recordação e a receita para repetição!

Espalhai por aí

Cá por casa a palavra de ordem é aproveitar tudo até ao fundo da panela (tecnicamente é mais tupperware!). No início da semana o mais que tudo tinha feito uma truta salmonada assada no forno que tinha ficado fabulosa. Mas a dita era enorme e já não a podíamos ver à frente. Era preciso descobrir uma forma de reaproveitar o que ainda sobrava da dita, dando-lhe um destino final que fosse comparável em sabor ao seu inicial. Coube-me a mim essa tarefa. A prova foi dada como superada…

Espalhai por aí

Empadão é um dos meus pratos favoritos. Saboroso, reconfortante, fácil e barato tem tudo a seu favor. Por isso, ciclicamente reaparece à mesa cá em casa. A minha versão é ligeiramente diferente da tradicional. Uso menos batata, o que faz com que fique menos massudo e pesado. Leva legumes vários para me facilitar a vida e não ser preciso fazer um acompanhamento separadamente. Tem ainda a seu favor as vantagens de poder ser feito com antecedência além de congelar bem.

Espalhai por aí

Uma das minhas melhores recordações de infância é a dos Domingos passados com a minha mãe na cozinha a fazer bolos. Lembro-me de ajudar a medir os ingredientes, bater a massa, as claras em castelo bem firme (fascinava-me a ideia de poder pôr a bacia de pernas para o ar e não cair nada), untar a forma e enfarinhar-me ao fazê-lo, lamber a bacia antes de ma tirarem das mãos para a lavar e, sobretudo, de sentir o cheiro a bolo que se espalhava pela casa. Este, cuja receita era seguida religiosamente de uma TeleCulinária muito velhinha, era um dos mais frequentes, diria mesmo um clássico. Durante muitos anos não soube da receita, mas uma tia encontrou recentemente a dita revista e a receita regressou às minhas mãos. Voltar a fazê-lo não soube ao mesmo, faltava a companhia, o fascínio pelo mistério insondável das claras em castelo, mas ficou o cheiro penetrante a chocolate espalhado pela casa e o mesmo sabor forte, com a mesma textura, sempre fofa, sempre húmida.

Espalhai por aí

Há dias em que nos sentimos preguiçosas. Até cortar um pão em fatias e entremeá-las com umas de queijo parece uma tarefa impossível de tão cansativa. Hercúlea, diria mesmo. Para esses dias há uma alternativa em que só temos de cortar o pão.

Espalhai por aí

Ao que parece é essa a distância entre Alvalade e Sintra. Como não me apetecia percorrer este caminho hoje e tinha encontrado esta receita aqui há alguns dias decidi que tudo se pode fazer em qualquer lado. Meu dito meu feito…